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As distribuidoras de energia estão descontentes com as novas regras da Aneel
(Agência Nacional de Energia Elétrica), que permitiu ontem a oferta de banda
larga pelos fios elétricos.

As companhias elétricas acusam a Aneel de ter cedido às pressões da Anatel
(Agência Nacional de Telecomunicações), que quis favorecer as tecnologias de
ADSL (principal tecnologia de banda larga das teles) e o cabo, prejudicando o
PLC.

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Isso porque, pelas novas regras da Aneel, as distribuidoras de energia serão
obrigadas a abrir uma oferta pública, caso haja algum interessado em utilizar a
sua rede elétrica para vender banda larga em PLC. Ganhará quem oferecer o maior
preço. A decisão da Aneel determina ainda que 90% da receita gerada por esse
"aluguel" de rede seja usada para abater o preço das tarifas. A concessionária
elétrica ficaria com 10% da receita.

Prevendo a aprovação do PLC, diversas elétricas já tinham aberto subsidiárias de
telecomunicações para escapar dessa regra e colocar no caixa toda a receita
gerada.

Orlando Cesar de Oliveira, coordenador de PLC da Copel Telecom, acusa a Aneel de
aprovar o PLC de uma forma perigosa. "Pelos fios vão transitar a energia e o
sinal da internet", diz. "Qualquer deslize nessa rede cometido por terceiros
pode prejudicar a oferta de energia da concessionária."

Para ele, a Aneel está obrigando que as redes das elétricas sejam
compartilhadas, uma decisão que, segundo Oliveira, contraria os padrões
internacionais. "Nenhum país do mundo adotou esse modelo por uma questão de
segurança da rede", diz. "Além disso, nem a Anatel conseguiu promover o
compartilhamento de redes entre as teles, e vamos começar fazendo logo no setor
elétrico?"

Wanderley Maia, gerente de rede de energia da Infovias, a subsidiária de
telecomunicações da Cemig, afirma que o repasse de 90% dos lucros poderá
encarecer o PLC ao consumidor. "Não esperávamos que esse índice fosse tão alto",
diz. "Além disso, ainda não sabemos como será esse compartilhamento. Se uma
empresa não tem condições técnicas de ofertar o produto, a rigor, não deveria
interferir na rede elétrica."

São esses os pontos que ameaçam o surgimento comercial da banda larga pela rede
elétrica no país. "Essas limitações podem tornar o PLC menos competitivo que as
demais tecnologias de banda larga disponíveis pelas operadoras de
telecomunicações", diz Oliveira, da Copel Telecom.

Procurada, a Aneel não deu retorno até o fechamento desta edição.

Desde que a Anatel liberou o PLC, em abril, as elétricas começaram a entrar com
pedidos na agência para abertura de empresas de telecomunicações. Pelo menos dez
solicitações estão em andamento.

Para as teles, essa competição pode ser agressiva, já que o PLC permite a oferta
de banda larga com pelo menos 10 Mbps garantidos (sem limite mínimo de 10% na
velocidade) a um preço até 50% menor que o dos planos convencionais das teles.

Por outro lado, as teles poderiam alugar a rede das companhias elétricas e levar
a internet a municípios sem cobertura. Pelas regras da Anatel, elas são
obrigadas a levar a infraestrutura de banda larga a todos os municípios. O
problema é que elas só têm interesse comercial em 62% deles. A rede elétrica
seria uma alternativa porque está presente em 98% dos domicílios.

Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, considera que as teles não estão
interessadas no PLC. "Elas cabearam a maior parte dos municípios e devem prestar
seus serviços em sua própria rede." Para ele, a oferta de PLC será um negócio
das companhias elétricas.

Testes

Cemig (MG), Copel (PR), AES Eletropaulo (SP) e Celg (GO) já realizaram testes do
PLC e, neste momento, estudam modelos de negócios.

Em Minas, a Cemig está pronta para lançar seu produto nos municípios atendidos
pela concessionária. Essa oferta será feita pela Infovias, subsidiárias da
Cemig, no início de 2010. Em Goiás, o serviço também começa no próximo ano a
partir da capital Goiânia. Lá, o preço deverá ser 30% menor que o das teles
convencionais.


Fonte: gamevicio

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