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Análise de BLUR

Posted by rronyy On 15:01 1 comentários

Carros e power-ups... Onde é que já vimos isto? Certamente, em vários jogos dos últimos anos. Desde o velhinho Super Mario Kart até ao ModNation Racers, passando pelo Mashed ou pelo recente Sonic & SEGA All-Stars Racing. O que é que mais um jogo deste tipo poderá trazer de novo?

Blur autocaracteriza-se como um videojogo de karts para adultos. É, no fundo, um jogo de corridas como tantos outros com a particularidade de contar com os ditos power-ups. A diferença, entre os demais, é que Blur pretende trazer o jogo sujo possibilitado pelos poderes e juntá-lo a gráficos de última geração, com efeitos a condizer e uma boa apresentação. O mais recente título da Bizarre Creations começa por chamar a atenção pela sua introdução - que faz uso de um remix da Ecstasy of Gold, de Ennio Morricone - e pelo visual dos menus, assim que iniciamos o jogo pela primeira vez.

Como quase todos os jogos de corridas actuais, Blur conta com uma vertente single-player e uma multiplayer. O modo Career, o elemento principal do offline, é onde iremos passar uma grande parte do tempo, se gostarmos de jogar contra a consola. Este modo divide-se em nove grupos de corridas, se assim lhe quisermos chamar, e cada um deles terá uma espécie de boss final. Para desbloquear cada um destes rivais seremos obrigados a recolher um certo número de pontos nas ditas corridas, assim como completar alguns requisitos.

Existem vários tipos de corridas. Resumidamente, a Race é o tipo normal; aqui teremos de dar um certo número de voltas à pista, tentando acabar em primeiro e causando o maior estrago possível aos carros adversários. A Destruction consiste em destruir carros inimigos (que são eliminados apenas com um disparo) através de um power-up específico, o Bolt, e a Checkpoint consiste, precisamente, em passar os checkpoints com tempo, correndo contra o relógio.

Em todas as corridas existirão três objectivos: acabar com a melhor classificação possível; passar todos os "portões" (Fan Runs) da corrida, que aparecem na pista depois de iniciarmos o evento; e ganhar o número de fãs que nos é pedido, o que podemos fazer através das mais variadas acções, como usar power-ups ou passar pelas Fun Runs referidas. Nas Races, por exemplo, ser-nos-á pedido que acabemos a corrida em primeiro lugar, de forma a conseguirmos obter as cinco luzes douradas, e que usemos uma série de power-ups, de preferência combinados, para ganhar os fãs. Existem ainda os Fan Demands, desafios específicos que nos ajudam a aumentar o número de fãs, como acertar com dois mísseis nos adversários em menos de x segundos.

É certo que poderemos dar-nos ao luxo de não ganhar todos os fãs ou de não passar todas as Fan Runs, mas se cruzarmos a meta numa posição que não seja, pelo menos, a terceira, a corrida é dada como falhada e teremos de a repetir.

Todos estes objectivos contam para desbloquear o boss final desse grupo. Ao ganhar a este rival, numa corrida One-on-One, não só ganharemos o seu carro como também o seu Mod, ou seja, a modificação especial que cada um deles tem no carro. A título de curiosidade, o Mod do primeiro boss consiste em dar mais uma carga ao power-up Bolt, que nos possibilita, assim, disparar quatro Bolts em vez de três.

Existem oito power-ups, embora só possamos ter três "no bolso", que vão deste o conhecido Nitro até ao Shunt (um míssil perseguidor), passando pelo Shield, e mais de 55 carros de marcas conhecidas. No single-player começaremos por jogar com carros de categoria D, que são carros geralmente mais lentos e menos poderosos, e evoluiremos até às seguintes categorias (C, B e A). Isto quer dizer que poderemos jogar com vários carros, desde Carochas a Ford's GT, os quais precisarão de ser desbloqueados à medida que aumentamos o nível do nosso Fan Status. Alguns dos carros podem ser personalizados com cores diferentes, e as pistas são criadas em locais reais, como Barcelona, Brighton, Los Angeles ou Tokyo.

Todos os carros estão fiéis à realidade, ainda que com algumas alterações, e o cenário, embora o seu grafismo não seja nada de outro mundo, está bem desenhado. No entanto, deve fazer-se uma referência especial aos efeitos de luz e cor, que estão bastante bem trabalhados. Blur não tem vergonha de apostar nas cores, seja nos power-ups ou mesmo no ambiente, e isso faz dele uma experiência visualmente agradável. Para além disso, também foi dada atenção aos restantes efeitos visuais, como as faíscas que se originam por rasparmos noutro carro ou o fumo negro que sai do motor se o carro estiver quase pronto para ir para a sucata.

Uma das coisas que podia ter sido alvo de mais trabalho, contudo, são as animações que os carros têm quando são atingidos por um determinado power-up. Como exemplo, todos os Shunt provocam uma pirueta do carro na vertical e todas as Mines fazem com que o carro rodopie sobre si próprio. Poderiam ter sido criadas mais uma ou duas animações para cada impacto, e, assim como está, estas tendem a tornar-se repetitivas.

No entanto, há um pormenor interessante: o dano nos carros. É certo que não é um sistema de dano que faça uso de uma exímia detecção de colisão, mas é engraçado ver que o carro se vai deteriorando à medida que levamos dano, seja ele oriundo dos adversários ou da nossa azelhice para conduzir um carro a alta velocidade. A durabilidade do carro é representada por um contador específico colocado no retrovisor, o que nos ajuda a perceber quando devemos começar a procurar aquele power-up especial chamado Repair.

Por falar em retrovisor, há que dizer que este espelho vai dar bastante jeito por uma razão principal: alguns dos power-ups podem ser disparados para a frente ou para trás, como os Shunts, Bolts ou Mines, e isto pode revelar-se fulcral para ultrapassar a concorrência ou, se já estivermos na frente, fazer a vida negra à que vier atrás de nós.

Existe, também, um ponto fundamental que deve ser destacado nesta era emergente das redes sociais. Em Blur, há uma forte conectividade entre o jogo e o Facebook e o Twitter. Em quase todas as situações poderemos, se tivermos a nossa consola ligada à internet e associada às nossas respectivas contas, enviar a informação para a página de Facebook ou criar um Tweet com aquilo que acabámos de fazer. Isto pode ser interessante para todos aqueles que gostem de exibir os seus feitos.

Ligado a isto, existe ainda uma secção de Stickers, os típicos objectivos dos Troféus ou Achievements que são, aqui, representados in-game. Estes objectivos variam entre várias coisas, como acertar com as quatro cargas do Bolt num só inimigo ou chatear os nossos amigos, no Facebook, com os nossos feitos. Blur conta também com Friend Challenges, que basicamente consistem em desafiar os nossos amigos a bater o nosso record.

No modo multiplayer de Blur, o sistema funciona à parte do do modo single-player. Isto quer dizer que um jogador não precisa de jogar a vertente offline para ter acesso a melhores carros ou outras corridas, as quais variam entre sessões normais de 10 ou 20 jogadores, jogo por equipas ou até um modo sem power-ups. Tal como os Stickers do single-player, também o multiplayer vem recheado com desafios para completar, o que nos recompensa com mais fãs.

Para aqueles que não possuem uma ligação à internet ou que apenas pretendem jogar com amigos a nível local, Blur oferece as opções de split-screen (até quatro jogadores) e de Local Area Network, esta última permitindo-nos jogar em várias consolas interligadas entre si.

Todas as corridas são acompanhadas por uma banda sonora adequada ao género, que aposta fortemente no techno. Os restantes efeitos sonoros existem em abundância, como as colisões, o som da borracha a derrapar no alcatrão ou os motores, e até estão razoáveis, não retirando qualidade ao jogo.

Por fim, um jogo destes não conseguiria sobreviver sem uma jogabilidade decente, e Blur consegue não estragar tudo neste campo. Os controlos são intuitivos, e é bastante fácil controlar o carro, mesmo a altas velocidades, depois de um tempo de jogo. Poderá nao ser muito fácil fazer drifts, mas nada que um bocado de prática não resolva. No entanto, cada carro tem um tipo diferente de aderência ao solo, o que nos oferece a possibilidade de escolher aquilo que mais gostamos: um carro mais escorregadio ou com mais aderência, mais rápido ou mais lento.

Como nota final, há que dizer que Blur não oferece um conceito novo, mas não deixa de ser inovador. É, de facto, um videojogo de karts para adultos e para todos aqueles que estejam fartos de bonecada. No geral, o jogo está bem desenhado e oferece bons momentos de diversão. A frustração também está presente, claro, especialmente no multiplayer, mas isso não deve impedir aqueles que procurarem um título de corridas diferente.

Blur não é extremamente complexo nem nos mergulha num mundo fantástico, mas é divertido e consegue aguentar-se bem enquanto jogo de corridas nesta geração de consoles.

Prós:

  1. Viciante;
  2. Marcas reais;
  3. Bons efeitos de cor e luz;
  4. Modo online bem estruturado;
  5. Integração com as redes sociais;
  6. Bom regresso aos jogos com power-ups.


Contras:
  1. Poucas animações dos veículos.



Fonte: gamevicio

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1 Response for the "Análise de BLUR"

  1. TR!4D says:

    Por acaso a fonte é MyGames.pt como podes verificar neste link:

    http://ez.mygames.pt/ps3/conducao/blur/analise/blur-2278/

    Agradeço que rectifiques a fonte.

    Cumprimentos TR!4D